As mulheres, principalmente as negras, são as que mais sofrem desigualdade social. Elas recebem menos que os homens mesmo tendo um grau de escolaridade superior ao deles. Esse é um dos fatos que se repete nas maiores empresas brasileiras, segundo a pesquisa “Perfil Social e de Gênero das 500 maiores Empresas do Brasil”, coordenada pelo Instituto Ethos.
Foram analisados diversos outros tópicos dentro dessas companhias: composição de gênero e raça, presença de pessoas portadores de deficiência, escolaridade e faixa etária dos funcionários de todos os níveis (executivo, gerência, chefia e funcional). Os dados levantados são alarmantes.
É baixo o índice contratação dos portadores de deficiência. O grau de escolaridade é pequeno e existe preconceito a pessoas maiores de 46 anos. Por essas razões, a entidade quer preparar os profissionais com essas características para que diminua o preconceito.
“A medida que aumenta o cargo, exige-se uma escolaridade maior, por isso, precisamos preparar essas pessoas”, disse o coordenador e colaborador da entidade, Paulo Itacarambi. A idéia é que as empresas adotem medidas como a diversidade como um parâmetro orientador de desenvolvimento, manutenção, plano de carreira e remuneração de pessoas, incluindo programas de integração a diversidade.
A proposta é desencadear uma série de ações promovendo a diversidade e a equidade nas empresas para que elas possam ser estimuladas a combater todas as desigualdades existentes. Esse foi o principal objetivo da pesquisa.
Para Armand Pereira, cordenador da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a discriminação começa na educação e depois passa para o mercado de trabalho, por isso, as políticas empresariais são necessárias para a sociedade: “Temos muito que explorar e avançar, as ações positivas com metas são inefalíveis”, explica.
A pesquisa foi feita pelo Instituto Ethos em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem).
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