quinta-feira, 28 de junho de 2007

Mulheres negras são as mais discriminadas

As mulheres, principalmente as negras, são as que mais sofrem desigualdade social. Elas recebem menos que os homens mesmo tendo um grau de escolaridade superior ao deles. Esse é um dos fatos que se repete nas maiores empresas brasileiras, segundo a pesquisa “Perfil Social e de Gênero das 500 maiores Empresas do Brasil”, coordenada pelo Instituto Ethos.


Foram analisados diversos outros tópicos dentro dessas companhias: composição de gênero e raça, presença de pessoas portadores de deficiência, escolaridade e faixa etária dos funcionários de todos os níveis (executivo, gerência, chefia e funcional). Os dados levantados são alarmantes.
É baixo o índice contratação dos portadores de deficiência. O grau de escolaridade é pequeno e existe preconceito a pessoas maiores de 46 anos. Por essas razões, a entidade quer preparar os profissionais com essas características para que diminua o preconceito.


“A medida que aumenta o cargo, exige-se uma escolaridade maior, por isso, precisamos preparar essas pessoas”, disse o coordenador e colaborador da entidade, Paulo Itacarambi. A idéia é que as empresas adotem medidas como a diversidade como um parâmetro orientador de desenvolvimento, manutenção, plano de carreira e remuneração de pessoas, incluindo programas de integração a diversidade.


A proposta é desencadear uma série de ações promovendo a diversidade e a equidade nas empresas para que elas possam ser estimuladas a combater todas as desigualdades existentes. Esse foi o principal objetivo da pesquisa.


Para Armand Pereira, cordenador da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a discriminação começa na educação e depois passa para o mercado de trabalho, por isso, as políticas empresariais são necessárias para a sociedade: “Temos muito que explorar e avançar, as ações positivas com metas são inefalíveis”, explica.


A pesquisa foi feita pelo Instituto Ethos em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem).

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